Num grupo de whatsapp com amigos muito queridos tivemos notícia de uma outra amiga que estava com sintomas de covid19. Ela já está bem agora e com os testes ficou confirmado que ela teve covid e dengue. Mesmo os sintomas sendo leves é um susto e ficamos pensando em como ajudá-la, já que não é recomendado procurar atendimento médico presencial nesses casos. Dessa conversa saiu essa listinha. É isso: uma coisa leiga, fruto de uma conversa de amigos, nada profissional e nem que encerre o assunto. Mas com todo o bombardeio de informação, algo assim simples e conciso pode ser útil numa hora de aperreio.

Sobre ir ou não para a emergência ou consultório, tá ótimo esse diagrama do Fórum de Mulheres de Pernambuco:

E essa é a listinha do que fazer:

  • Não fazer teste de farmácia porque eles não servem pra medir infecção atual e não funcionam bem nem pra função deles mesmo (que é medir anticorpos adquiridos por infecção passada).  
    Só o teste de biologia molecular (RT-PCR, com o cotonetão – swab – pelo nariz e garganta) é confiável para detectar a doença ativa e tem que ser feito num intervalo determinado a partir da data de infecção. Só vale fazer com acompanhamento médico. Os outros testes (sorológicos por sangue em laboratório ou picada no dedo) medem anticorpos e servem pro levantamento dos dados epidemiológicos, mas não pra pessoa individualmente.
  • É importante ficar em casa seguindo as medidas de isolamento até 3 dias passados do desaparecimento dos sintomas. Há alguns guias de como fazer isso (incluir os links aqui).
  • Se identificar pelos sintomas que é mesmo covid ou se tiver tido contato com alguém que deu positivo, avisar as pessoas que encontrou recentemente para que elas façam quarentena também.
  • Tratar sintomas leves com paracetamol e remédios caseiros evitando anti-inflamatórios, especialmente ibuprofeno.
  • Para acompanhamento médico remoto há alguns aplicativos.
    • A unifesp abriu um canal para marcar teleconsultas gratuitas de orientação.
    • Em Pernambuco tem o aplicativo atende em casa (disponível no navegador de internet ou como aplicativo para o celular). Nele, a pessoa responde um questionário e, caso apresente uma determinada combinação de sintomas, é encaminhada para uma vídeo chamada com um médico, recebe por ali as orientações, inclusive de para onde se dirigir caso seja preciso procurar atendimento presencial. É bom deixar o cadastro feito para não perder tempo preenchendo os dados pessoais em caso de emergência.
  • Tem aplicativos também para monitorar em casa como está a capacidade respiratória, já que o principal indicador de gravidade é a falta de ar. Não é muito preciso e não é em todo o celular que funciona, mas de algum jeito talvez possa ajudar.
    • O SHealth mede a saturação de oxigênio através de um sensor que fica junto à câmera. Esse é só pra Samsung, que tem o melhor sensor, mas não pega em todos os modelos.
    • O Heartrateanalyser pega em qualquer telefone.
    • Parece que o Iphone tem um aplicativo também, mas eu não conheço
    • Em todos esses o índice importante é a saturação de O2. O normal é estar lá em cima com 98 ou 99 por cento. E se estiver abaixo de 90 é o preocupante. Os apps não são precisos, então não é pra ficar muito presa a eles. É só pra ter uma idéia mesmo.
    • O ContraCovid mede o movimento respiratório com o celular apoiado sobre a barriga.